sábado, 24 de janeiro de 2009

Imaginar, criar, inovar

2009 é o Ano Europeu da Criatividade e da Inovação. Talvez não tão divulgado como os seus antecessores da Igualdade de oportunidade para todos ou do Diálogo intercultural, e sem contar com um orçamento específico por parte de Bruxelas, este ano europeu parece enquadrar-se perfeitamente nos tempos de crise que correm. Aliás, o objectivo é precisamente promover a criatividade junto de todos os cidadãos enquanto motor de inovação e factor essencial de desenvolvimento. E, hoje em dia, bem preciso é ser-se inovador e criativo de forma a responder eficazmente aos desafios económico-sociais com que os cidadãos mundiais se deparam.
E os portugueses, desde sempre, mostraram o seu carácter inovador e criativo. Fomos os primeiros a explorar os oceanos e descobrir novos caminhos e, ainda hoje nos mostramos vanguardistas, desenvolvendo sistemas que facilitam a comunicação, como o primeiro pré-pago do mundo, o “Mimo”, ou o sistema de “via verde” da Brisa. Ainda recentemente o nosso país subiu do 22.º para o 17.º lugar do ranking europeu da inovação.
Portugal assume-se como um país que aposta fortemente na modernização. Desenhamos e relançamos a Estratégia de Lisboa focalizando-a nos objectivos do crescimento e do emprego. “Portugal a inovar” é o lema de um plano tecnológico que assenta no conhecimento, na tecnologia e na inovação para reforçar a competitividade do nosso país. Esta aposta tem repercussões reais e, pouco a pouco, desperta consciências, muda hábitos, e faz escola, tal como o Magalhães – o primeiro computador português e também o primeiro computador dos portugueses do futuro.
Futuro e computadores trazem-nos também para Braga, onde as nanotecnologias e a computação avançada serão as prioridades do futuro Instituto Ibérico de Investigação que nascerá na nossa cidade. Foi também aqui em Braga, cidade a que alguém intitulou de “capital portuguesa do software”, que nasceram empresas como a Eticadata, Primavera Software, Softlab, Sensoria ou Vector XXI. Braga é uma cidade jovem e também uma cidade de futuro. E o futuro apresenta-se aos bracarenses e portugueses em geral em forma de desafio.
“Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”. Tempos de crise são também tempos de mudança. E esta está em cada um de nós.

Sem comentários: